lunes, 25 de junio de 2018

Moro condena a ex gerente de Transpetro y otros dos por corrupción y lavado de dinero

Moro condena ex-gerente da Transpetro e outros dois por corrupção e lavagem de dinheiro
Eles foram alvos da 47ª fase da Operação Lava Jato, em novembro de 2017. Sentença saiu nesta segunda-feira (25).
Por Alana Fonseca e Fernando Castro, G1 PR e RPC, Curitiba
25/06/2018 10h06  
José Antônio de Jesus chega para o exame de corpo de delito, em novembro de 2017 (Foto: Giuliano Gomes/PR Press )
José Antônio de Jesus chega para o exame de corpo de delito, em novembro de 2017 (Foto: Giuliano Gomes/PR Press )
Juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou, na manhã desta segunda-feira (25), o ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus; o empresário Luiz Fernando Nave Maramaldo; e o engenheiro civil Adriano Silva Correia.
Os três foram alvos da 47ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro de 2017. A etapa investiga a corrupção na Transpetro - subsidiária da Petrobras.
Todos podem recorrer da sentença em liberdade, com exceção do ex-gerente da Transpetro.
Veja abaixo as condenações:
José Antônio de Jesus, ex-gerente da Transpetro: condenado a 12 anos e 6 meses por corrupção e lavagem de dinheiro. A pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Luiz Fernando Nave Maramaldo, empresário: condenado a 11 anos e 8 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A pena deve ser cumprida em regime aberto diferenciado.
Adriano Silva Correia, empresário: condenado 3 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro. A pena deve ser cumprida em regime aberto.
Atualmente, Jesus está preso no Complexto Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região de Curitiba.
Luiz Fernando Nave Maramaldo é colaborador da Operação Lava Jato – ele tem acordo homologado pela Justiça. Por isso, deve cumprir as penas fixadas no acordo, que não podem ultrapassar 15 anos, em um regime aberto diferenciado.
Conforme a sentença, Maramaldo deve cumprir seis meses de recolhimento domiciliar com tornozeleira eletrônica, um ano e seis meses de recolhimento domiciliar sem tornozeleira, além de prestação de serviços comunitários por dois anos e pagamento de multa.
Essa fase da Lava Jato trazia também o empresário José Roberto Soares Vieira como acusado. Após a aceitação da denúncia, ele passou a responder por corrupção e lavagem de dinheiro. Entretanto, Vieira foi assassinado a tiros no início do ano na Bahia.
O advogado Rafael Guedes de Castro, responsável pela defesa de José Antônio de Jesus, afirmou que “as conclusões do magistrado da 13º Vara Federal destoam da prova produzida durante longa instrução criminal”.
A defesa informou que vai recorrer da sentença para as cortes superiores.
O advogado Elisio Augusto de Souza Machado Júnior, que defende o empresário Adriano Silva Correia, informou que vai recorrer da decisão. Segundo ele, a acusação não conseguiu comprovar que seu cliente cometeu o crime de lavagem de dinheiro.
"Temos convicção de que o TRF-4 apreciará corretamente as razões recursais e acreditamos que o Tribunal reformará a sentença no sentido de absolver Adriano Silva Correia, inclusive com base em precedentes da própria Lava Jato", afirmou.
Até a última atualização desta reportagem, o G1 não teve retorno da defesa do empresário Luiz Fernando Nave Maramaldo.
A denúncia
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Jesus é suspeito de ter recebido R$ 7,5 milhões em propinas, da empresa NM Engenharia. Os valores, conforme a denúncia, foram pagos entre 2009 e 2014.
Em troca da propina, os procuradores dizem que Jesus ajudou a NM Engenharia a firmar contratos que somaram R$ 1,5 bilhão. A propina de Jesus correspondeu a 0,5% desses contratos. Conforme o MPF, a propina recebida por Jesus foi repassada a integrantes do Partido dos Trabalhadores.
O MPF relacionou 26 contratos e oito aditivos celebrados entre a NM Engenharia e a Transpetro que teriam gerado os pagamentos de vantagem indevida, segundo Moro. O valor total dos contratos atinge R$ 610 milhões.
“O condenado esteve envolvido na prática reiterada de crimes graves de corrupção e de lavagem de dinheiro, por quase cinco anos. Ainda envolveu-se, em suas palavras, no repasse de propinas a agentes políticos. A prática serial de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro é causa suficiente para a prisão preventiva, pois põe em risco a ordem pública e a confiança no império da lei”, afirmou o juiz.
Ainda conforme Moro, os R$ 7,5 milhões ainda não foi recuperado e, por isso, está sujeito a novas operações de ocultação e dissimulação.
https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/moro-condena-ex-gerente-da-transpetro-e-outros-dois-na-lava-jato.ghtml
GOOGLE TRADUCCION
Moro condena a ex gerente de Transpetro y otros dos por corrupción y lavado de dinero
En el marco de la 47ª fase de la Operación Lava Chorro, en noviembre de 2017. Sentencia salió este lunes (25).
Por Alana Fonseca y Fernando Castro, G1 PR y RPC, Curitiba
25/06/2018 10h06
José Antonio de Jesús llega para el examen de cuerpo de delito, en noviembre de 2017 (Foto: Giuliano Gomes / PR Press)
José Antonio de Jesús llega para el examen de cuerpo de delito, en noviembre de 2017 (Foto: Giuliano Gomes / PR Press)
El juez federal Sérgio Moro, responsable de los procesos de la Operación Lava Jato en la primera instancia, condenó, en la mañana del lunes, al ex gerente de Transpetro, José Antonio de Jesús; el empresario Luiz Fernando Nave Maramaldo; y el ingeniero civil Adriano Silva Correia.
Los tres fueron blancos de la 47ª fase de la Operación Lava Jato, deflagrada en noviembre de 2017. La etapa investiga la corrupción en la Transpetro-subsidiaria de Petrobras.
Todos pueden recurrir la sentencia en libertad, con excepción del ex gerente de Transpetro.
A continuación se incluyen las condenas:
José Antonio de Jesús, ex gerente de Transpetro: condenado a 12 años y 6 meses por corrupción y lavado de dinero. La pena debe ser cumplida, inicialmente, en régimen cerrado.
Luiz Fernando Nave Maramaldo, empresario: condenado a 11 años y 8 meses de prisión por corrupción y lavado de dinero. La pena debe ser cumplida en régimen abierto diferenciado.
Adriano Silva Correia, empresario: condenado 3 años y 10 meses por lavado de dinero. La pena debe cumplirse en régimen abierto.
Actualmente, Jesús está preso en el Completo Médico-Penal (CMP) en Pinhais, en la Región de Curitiba.
Luiz Fernando Nave Maramaldo es colaborador de la Operación Lava Jato - tiene acuerdo homologado por la Justicia. Por lo tanto, debe cumplir las penas fijadas en el acuerdo, que no pueden sobrepasar 15 años, en un régimen abierto diferenciado.
Conforme a la sentencia, Maramaldo debe cumplir seis meses de recogida domiciliaria con tobogán electrónico, un año y seis meses de recogida domiciliar sin tobogera, además de prestación de servicios comunitarios por dos años y pago de multa.
Esta fase de la Lava Jato traía también al empresario José Roberto Soares Vieira como acusado. Después de la aceptación de la denuncia, pasó a responder por corrupción y lavado de dinero. Sin embargo, Vieira fue asesinado a tiros a principios de año en Bahía.
El abogado Rafael Guedes de Castro, responsable de la defensa de José Antonio de Jesús, afirmó que "las conclusiones del magistrado de la 13ª Vara Federal desatan la prueba producida durante larga instrucción criminal".
La defensa indicó que va a recurrir la sentencia para las cortes superiores.
El abogado Elisio Augusto de Souza Machado Júnior, que defiende al empresario Adriano Silva Correia, informó que va a recurrir la decisión. Según él, la acusación no pudo comprobar que su cliente cometió el crimen de lavado de dinero.
"Tenemos la convicción de que el TRF-4 apreciará correctamente las razones recursales y creemos que el Tribunal reformará la sentencia en el sentido de absolver a Adriano Silva Correia, incluso con base en precedentes de la propia Lava Jato", afirmó.
Hasta la última actualización de este reportaje, el G1 no tuvo retorno de la defensa del empresario Luiz Fernando Nave Maramaldo.
La denuncia
De acuerdo con el Ministerio Público Federal (MPF), Jesús es sospechoso de haber recibido R $ 7,5 millones en propinas, de la empresa NM Engenharia. Los valores, según la denuncia, se pagaron entre 2009 y 2014.
A cambio de la propina, los fiscales dicen que Jesús ayudó a NM Engenharia a firmar contratos que sumaron R $ 1,5 mil millones. La propina de Jesús correspondió al 0,5% de esos contratos. Conforme al MPF, la propina recibida por Jesús fue repasada a integrantes del Partido de los Trabajadores.
El MPF relacionó 26 contratos y ocho aditivos celebrados entre NM Engenharia y Transpetro que habrían generado los pagos de ventaja indebida, según Moro. El valor total de los contratos alcanza R $ 610 millones.
"El condenado estuvo involucrado en la práctica reiterada de crímenes graves de corrupción y de lavado de dinero, por casi cinco años. Todavía se involucró, en sus palabras, en el traspaso de propinas a agentes políticos. La práctica serial de crímenes de corrupción y lavado de dinero es causa suficiente para la detención preventiva, pues pone en riesgo el orden público y la confianza en el imperio de la ley ", afirmó el juez.
A pesar de Moro, los R $ 7,5 millones aún no ha sido recuperado y, por eso, está sujeto a nuevas operaciones de ocultación y disimulación.
https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/moro-condena-ex-gerente-da-transpetro-e-outros-dois-na-lava-jato.ghtml

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